Você sabia que somente 0,77% dos empregos formais são declaradamente destinados a pessoas com deficiência (PcDs)? É o que afirma a última edição da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), recebida pelo Ministério do Trabalho. No entanto, a Lei 8.213, determina que todas as empresas com 100 ou mais colaboradores devem direcionar entre 2% e 5% das vagas para PcDs, a fim de garantir a inclusão social destes profissionais.
Embora a legislação represente um avanço na luta pelos direitos das pessoas com deficiência, existem vários outros aspectos que também necessitam de atenção. Uma reportagem publicada pelo Estadão afirma muitas empresas contratam PcDs apenas para cumprir a legislação. Ou seja, não é considerado o perfil do profissional, sua formação e competências. Uma pena: neste caso, nem a empresa nem o profissional atinge 100% dos seus objetivos.
Os desafios da inclusão social de PcDs
Empresas e profissionais precisam superar uma série de desafios para garantir que a inclusão social ocorra de fato. Isso envolve aspectos como infraestrutura adequada, a inserção do profissional no ambiente de trabalho e a própria qualificação dos PcDs. Neste contexto, é fundamental que cada um dos envolvidos compreenda o seu papel.
Cabe ao profissional se qualificar, identificar alternativas para se desenvolver e buscar o engajamento com a equipe. Já a empresa tem um papel um pouco mais abrangente na promoção da inclusão social. Afinal, todos os ambientes da empresa devem ser acessíveis, a fim de garantir a autonomia dos PcDs.
Portanto, desde a catraca de acesso, até a localização do equipamento para o registro de ponto, local de trabalho, refeitórios, tudo deve ser acessível. Existem diversas aplicações que visam promover a inclusão social. Alguns exemplos são: a tecnologia Mifare, que pode resolver o acesso de pessoas com membros superiores amputados ou digitais comprometidas e os softwares de leitura de tela para deficientes visuais.
A responsabilidade social corporativa depende dessas oportunidades iguais para as pessoas com deficiência. Você já avaliou se a sede da sua empresa está realmente preparada para receber PcDs?
Como contratar pessoas com deficiência
É importante ressaltar que não existe uma receita de bolo para promover a inclusão social no ambiente corporativo. A recomendação é considerar a cultura da empresa, seu propósito, crenças e valores. São estes os aspectos que naturalmente indicam os caminhos a seguir, mas, você pode tomar como referência os pontos que elencamos abaixo.
Identificar e capacitar gestores
A primeira medida antes de contratar PcDs é identificar os setores da empresa que estão aptos para receber os profissionais. Afinal de contas, o propósito é que o deficiente tenha autonomia para executar suas funções. Logo, a atividade deve ser compatível com suas habilidades e competências. Feito isso, é importante capacitar os gestores, que serão os responsáveis pela integração e desenvolvimento dos novos colaboradores na empresa.
Recrutar e selecionar PcDs
O passo seguinte é o recrutamento e seleção em si. Neste ponto, Vale destacar que é imprescindível contratar os PcDs considerando sua qualificação e não somente para cumprir a lei de cotas. Inclusive, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) orienta que as corporações busquem informações e se preparem para entrevistar e gerenciar os profissionais com deficiência. Caso contrário, a chance de fazer o processo de forma inadequada é muito grande.
Capacitar e treinar os contratados
Essa é uma das etapas mais importantes para a inclusão social de PcDs: o treinamento dos profissionais contratados. Além de orientar sobre as funções que serão executadas, também é fundamental buscar compreender as expectativas dos deficientes. Para isso, o ideal é buscar entender como desejam ser tratados e o que esperam da organização. A partir disso, é possível construir um plano para o desenvolvimento profissional dos profissionais com deficiência na organização.
Inserir o profissional na equipe
O RH também tem o papel de sensibilizar as equipes sobre a inclusão social. Afinal de contas, muitas pessoas não sabem a forma correta de agir com uma pessoa com deficiência. Então, é preciso desmistificar essa questão e orientar os colaboradores. É possível que muitos profissionais nunca tenham tido contado com PcDs no ambiente de trabalho, por isso essa orientação é determinante para a inserção dos deficientes na corporação.
Resumindo, contratar pessoas com deficiência vai muito além do simples cumprimento da legislação. É uma verdadeira quebra de paradigmas. Quando feita da forma correta, a inclusão traz excelentes resultados para as corporações. Há relatos de empresas onde o engajamento da equipe aumentou, o clima organizacional melhorou e até o turnover diminuiu.
Se você também quer promover a inclusão social aí na sua empresa comece adequando a estrutura física. Tenha sempre em mente que a pessoa com deficiência deve receber o mesmo tratamento destinado aos demais colaboradores. A Ahgora fornece produtos que visam a inclusão social, como catracas adaptadas para deficientes físicos. Para conhecer entre em contato e solicite uma demonstração.